domingo

Foi na sexta-Feira dia 28 de Julho de 2006...O PRINCIPEZINHO !!!!


Bem, gostava de poder transmitir ao promenor tudo que senti na apresentação do nosso espectaculo na sexta-feira mas os sentimentos são tão bons e tão grandiosos que não existem palavras que possam descrever com exactidão o que se passou...:)

Posso dizer que foi uma experiência maravilhosa, correu tudo muito bem, ao contrário do que poderiamos estar a pensar, visto que o nervosismo era imenso e o receio de nos faltar o texto em palco era algum...mas o prazer era tanto e viveu-se de tal forma o nosso momento que não poderia ter corrido melhor! So foi pena aqueles 40 minutos terem passado a voar....ainda queria la estar...naquele momento, naquele espaço...mas mesmo não estando fisicamente vai ser um momento para sempre guardado dentro de mim!:)

Depois deste dia posso dizer que me sinto a 200% para continuar a lutar pelo meu sonho por mais complicado que por vezes se possa tornar...é que existem momentos que por mais apaixonados que estejamos por esta arte se corre o risco de desacreditar um pouco...mas em contrapartida acredito que tudo o que nos faz saltar da cadeira e lutar nos dará muito mais prazer, como foi o caso na sexta-feira!

Sinto-me surpreendida....surpreendida comigo...com os meus colegas e amigos que viveram este momento de forma tão unida! Sinto que agora sim, houve uma fusão!!!

Creio que estamos todos de Parabéns!!!!

Um grande beijinho para todos e um muito obrigada ao nosso mestre que tornou este sonho possivel!

...acho que agora ja começo a entender melhor o professor...lol

Manuela Jorge

sexta-feira

Quem somos nós... :)


Aqui está a nossa turma!
Apesar de já faltarem alguns "camaradas palhaços" devido às circunstâncias da vida, fica aqui a mensagem de que nunca nos vamos esqueçer de todos os que iniciaram esta viagem connosco!:D
Um grande beijinho para todos eles!

quinta-feira

O meu olhar: Pensamentos soltos...Crescer, amar, sofrer, trocar, dar...





É altura de fazer o balanço, individual e conjunto dentro da sala de aula.

O primeiro ano está a chegar ao final, o tempo passou a voar.
Somos todos alunos/barra/actores, estamos todos na mesma jangada.
E a jornada está a começar...

“Uma longa caminhada começa sempre com um pequeno passo... Todos os dias começamos a maior caminhada da nossa vida...”
Confúcio

Reaprendemos tutti, a ser essencialmente. A olhar para dentro de nós, para os nossos pensamentos e emoções. A questionarmo-nos sobre todas as nossas reacções interiores e exteriores e sentimentos subjacentes a toda essa miscelânea.
É o confronto connosco próprios e com tudo e todos que nos rodeiam.
Surgem manifestações de competitividade, de ambição, de desejos, de decisões, de espontaneidade e de acções.

Silêncios activos, sem inquietações e sem ansiedades... ah mas nem sempre foi assim! Ah pois é!

O sofrimento é geral, porque a mudança é excelente mas por vezes doí. Mas até essa mesma dor é prazeiroza. Porque é a dor, tal como dizem às crianças, de crescer! Conversar no silêncio, crescer naturalmente por dentro e por fora.

Força – Relax – Força – Relax – Força – Relax – Força – Relax – Força

Bora lá “camaradas palhaços” brincar, brincar! Com coisas sérias...
Contrariar a nossa personalidade, deixar escoar e fluir!
ACREDITAR ATÉ DOER! SENTIR TODOS OS MOMENTOS!
VIVER NO PALCO! CONCENTRAÇÃO!MEMÓRIA!IMPROVISAÇÃO!
ESTAR SEMPRE NAS CIRCUNSTÂNCIAS, SEMPRE! ZÁS TRÁS
TEMPO/RITMO/DINÂMICA!!!
Discernir, decidir e escolher. ACEITAR!
Pensar, analisar tudo o que pode acontecer, ser ah e se... palavra mágica...

Todos procuramos a ética da profissão, o profissionalismo e respeito pela criação colectiva, CERTO?!!!

“No teatro a verdade é sempre fugidia. Nunca a encontramos por completo, mas temos de procurá-la sempre. É justamente essa busca que guia os nossos esforços. Nisso consiste a nossa tarefa.”

Harold Pinter – Discurso de aceitação do Nobel, 07 de Dezembro 2000

O teatro é o desejo que a palavra tem de se tornar corpo. Não é o corpo que se apodera da palavra, mas a palavra apropria-se de um corpo. A palavra também tem o seu prórpio corpo. O personagem é apenas um veículo, tal como o actor o é do texto teatral... digo eu que nada sei...
Muito fica por dizer, por isso, fica aqui o desafio,DEPOIS DO EXERCÍCIO, de final de ano:
É HORA DA PALHETA, PARTILHA E DESANUVIO
- Mas, que exercício? Quem ñ sabe fica igual! –

Com base no texto O Principezinho, de Antoine de Saint – Exupéry,
Direcção dramatúrgica, encenação, cenografia, sonoplastia e luminotecnia
Professor Dmitri Bogomolov

Voz e dicção
Professora Inês Nogueira

A quem humildemente e com muito brio, agradecemos, (vénia) todo o apoio, persistência e dedicação.


Onde? Aceitam-se propostas... ah em tua casa? Num jardim?

A minha proposta é: compramos uns comes e bebes e fazemos um piquenique ao luar, no parque da estrada da Falagueira, é mágico!!!

Maria Zamora
2006-07-26

segunda-feira

O NARIZ - Dimitri Chostakovitch

Ópera em três actos e um epílogo de Dimitri Chostakovitch Libreto do compositor em colaboração com de Alexandre Preis, Grigori Ionine, Evgueni Zamiatine, segundo o conto de Nicolai V. Gogol.Criação : Leninegrado, Teatro Maly, 18 Janeiro 1930.


O Nariz de Chostakovitch é uma magnífica obra de arquitectura satírica, fundamentada numa collage de estilos, que convoca a paródia, o absurdo, o apontamento circense, o episódio sério, a alegoria burlesca, num virtuoso contraponto de momentos solidamente díspares. O espírito de cabaret reveste a intrincada estrutura teatral, pontuada por características surrealistas, derisão essencial estimulada por uma dramaturgia baseada em astuciosos diálogos de personagens-marionetes, aqui detentoras de um poderoso discurso vocal, pleno de nuances que se evidenciam no espectro entre a linguagem falada e o canto.

Chostakovitch, atento ao discurso vanguardista austro-germânico e à dramaturgia de Vsevolod Meyerhold - que exercerá sobre o compositor uma ascendência muito significativa -, empreende em 1927 a adaptação de O Nariz de Gogol (sátira à «época do chicote» de Nicolau I), parte dos Contos de S. Petersburgo. A concepção do rebuscado libreto, iniciado por Zamiatina, ao qual se associarão os jovens Alexandre Preis e Georgi Ionin, irá integrar excertos de outras obras de Gogol, nomeadamente de Almas Mortas, Casamento e Diário de um louco, e ainda a Canção de Smerdiakov de Os Irmãos Karamazov de Dostoievski. Esta rara comédia lírica que requer uma exigente produção, reunindo, nomeadamente, mais de setenta personagens, será estreada em 1930, no Teatro Maly de Leninegrado, sendo recebida com alguma hostilidade, e tem vindo, desde então, a recolher êxitos tardios em teatros de todo o mundo.

O argumento conta-nos como Ivan Iakolevitch, descobre um dia, num pedaço de pão do seu pequeno-almoço, um nariz. Ivan procura desfazer-se rapidamente deste apêndice. Na mesma manhã, o major Kovaljov, ao acordar, apercebe-se que lhe falta o Nariz e apresenta queixa na polícia dirigindo-se posteriormente à redacção de um jornal para editar um anúncio. O Nariz surge então na catedral de Kazan sob um uniforme de conselheiro de estado reaparecendo a partir desse momento em diversos locais da região, desafiando a competência policial, que encontra muitas dificuldades no contexto deste difícil processo. No epílogo, Kovaljov, ao acordar, apercebe-se que o seu nariz está de novo no sítio regressando finalmente a sua existência à normalidade.


Dias 6. 7. 10. 11. Julho 2006
20:00h
Teatro Nacional de São Carlos